segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Volúpio Absolut, a noite de sexta feira é digna do sabor adusto da baunilha. Palato etílico, que se faz tropeçar e se entregar para uma noite glacial. Saqueei uma vodka noite passada, tal frasco roubado é melhor que um pago, f*dase o preço. Não faz sentindo pagar quando se pode ter de graça, porque repor ao dono tal garrafa que está ali a espera de alguém na estante de um gélido mercadinho desejando por um saque que fassa das estantes frias por fim desocupadas e com algum sentido. O melhor álcool, assim como as melhores noites, a melhor transa, a pior droga, o 'O' e o 'O2' não são pagos, assim também como os melhores beijos são roubados. Produto de um furto que não se paga nada, pago pelo prazer lisérgico, pago pelo sabor .
Não me venha com preços...

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Na dúvida se o alento e a índole residem como antes, se ainda subsistam os restos de tantas mentiras no comando e toda a amarga maturidade tenha findado todo libido ou apenas chega a certo ponto que...
Um desfecho final?
Os dramas individuais nem mais abalam a quadrela que antes foram as maiores confidentes.
Outra celebração entre o crepúsculo e o amanhecer...
lastime ou não, não anseie entender e se mantenha afastado onde a sanidade exista .

e então venho a cansar...

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Os lábios foram selados, o corpo entregue a uma frieza constante anoitecendo o libido, um coração trancado a chave de pontas afiadas, e la dentro um flagelo lançado.
A chave foi entregue ao príncipe imperfeito, há quem tinha um amor incondicional, que foi atrás de seus desejos num caminhar erróneo, esquecendo do amor que o lhe esperava.
O estremecido se foi com a chave consigo, um coração prisioneiro agora se afoga em amores irreais e tem uma falsa liberdade a pulsar.
Pena que o ontem nem mesmo pode ser tocado, agora alguém tem um abraço gélido e uma ferida fúnebre, que só a esperança e a mórfina amenizam as dores, esperança de que um dia ele volte, más apenas para entregar a 'chave' .

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011


Dois anjos, tais criaturas celestes, nas nuvens se conheceram. Não haveria propósito de passarem pelo mesmo caminho, pois suas funções divinas não eram iguais. Donos de uma beleza delicada e de um forte brilho celeste, deixavam venusto o céu, mas a beleza deles não eram a mesma, um com seu cabelo cor de ouro, asas grandes e brilhantes, olhos prateados e tão luzentes que trazia atenção por onde passava, visto como o mais lindo do céu; o outro com sua auréola bordada de diamantes, cabelos cacheados e olhos verde java, ambos perfeitos, porem esse não era tão reluzente por ser de outra Tríade. O anjo com olhos verde java, deslumbrado com tal perfeição, seu coração bateu mais forte. Assim disse ao belo anjo, o sublime amor que ali passou a existir, o anjo com certo prazer inesperado, disse a ele que sentia o mesmo, sabendo que não era verdade, então, ele passou a se próprio enganar, assim enganando o Anjo apaixonado.
Com o passar do tempo, o anjo luzente, criando um ego pela sua beleza, passou a ver o anjo apaixonado como se fosse pouco para si, assim, desejando um anjo mais bonito e de uma Tríade melhor. Esse tipo de coisa nunca haveria acontecido no céu, se tornando algo inovador e uma calamidade para quem ouvisse. Nas nuvens, ele disse tudo o que realmente sentira para o anjo apaixonado, com palavras indelicadas e insensíveis para um coração frágil de amor.
Não se sabe em quantos pedaços o coração do anjo foi partido, mas a dor era a mais forte e intensa que se poderia sentir. No mesmo momento, três arcanjos surgiram, dois levaram o anjo, e um recolheu os pedaços; rapidamente, as nuvens ficaram mais escuras e uma tempestade se iniciou com grandes raios e trovões fortes. Agora o belo anjo já não mais reluzia, e logo a nuvem que ele estava se dividiu. Do céu ele caiu, bateu as suas asas, e elas ja não lhe valiam.
No céu os anjos não se moviam e voavam, não faziam suas funções e nem reluziam por si mesmos, o que mantinham eles assim era ter um coração jubiloso, e quem destruíra um, suas forças cessariam.
Já chegado ao chão, o anjo continuava com a beleza delicada, os olhos prateados e a mesma perfeição física, más o lindo par de asas já não mais servira para levar as nuvens o pérfido anjo .